Ficha de personagem- [Roberta R. C. M. Volturi]

Desde sua infância, Beta não foi a garota mais feliz. Aos 4 anos, estavam no carro seu pai, ela e sua mãe. A menina nunca teve animais pois sofria ao pensar em sua perda. Estavam na estrada, a rádio tocava "Last Kiss", a menina ia dançando no caminho e rindo. Quando ela ouviu os pneus cantando e os vidros quebrando, ela se jogou pela janela. Ela ouviu um grito agudo, logo presumiu que era o de sua mãe. Algumas lágrimas desceram pelo seu rosto, enquanto ela via o carro pegar fogo. Seus bens mais preciosos estavam naquele carro e ela havia os perdido. Ela se sentou no chão e começou a chorar, ali ficando quente, pelo calor do fogo. A menina chorava como se... Como se ela houvesse perdido seus pais. Ela ouviu alguns passos, mas um em especial chamou sua atenção. Passos leves, como o de seu pai, mas mais leves ainda. A mulher, agora a olhava. A menina olhou para ela, seus olhos com dor, e cheios de lágrimas, brilhando pela cor do fogo. A mulher a pegou e a levou para o seu carro, onde levou-a para uma cidade diferente da sua. Giuliet, como havia dito ser seu nome, a explicou tudo no caminho, mas a menina quase não prestou atenção, ainda não aceitando o fato de que havia perdido seus pais. Fora levada a um casarão, no centro de uma cidade chamada Forks, em que viveu toda a sua vida com G, que agora chamava de mãe. Ela ia para a escola, mas só se relacionava com G. Era o tipo de menina chamada de esquisita na escola, e apesar de ser linda, assim como seu pai, não gostava de menino algum. Ia para a escola com moletons grandes com capuz, e se escondia debaixo dele, o dia todo. Quando chegava em casa, apenas cumprimentava sua "mãe" e ia se afundar em um livro, ou escrever algo, afundando suas mágoas pela perda de seus pais. A noite havia vários pesadelos, bem fracos, mas que a assustava. Sempre mostrava o rosto de seu pai e sua mãe, cremados pelo fogo. A menina cresceu deste jeito, acordava, tomava o café que sua mãe aprendera a fazer, ia pra escola, voltava, dormia. Mas, depois de seus 15 anos, após refletir ao se olhar no espelho, pensou que seria uma menina que "iria ficar para a tia", já que não dava importância a meninos, à escola, e principalmente, à sua mãe. Deixou a morte de seus pais para trás, já haviam 3 anos que a rotina era a mesma, e começou a ter mais vaidade, principalmente no cabelo e olhos, as coisas que mais gostava em seu corpo. Passou a ter mais amigos, mas nunca esqueceu de seus pais, e às vezes, pensava que era a culpada por aquilo que aconteceu naquele dia.